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Exportações de tabaco do Brasil crescem para a China e recuam para os EUA no 1º trimestre de 2025
Dados indicam aumento de receita e mudança no perfil de compradores; Rio Grande do Sul segue como protagonista nas vendas externas
Por Administrador
Publicado em 29/04/2025 07:42
Agricultura
Foto: Olá Jornal

As exportações brasileiras de produtos de tabaco passaram por transformações relevantes no primeiro trimestre de 2025, conforme dados divulgados pelo setor. Entre os destaques estão o fortalecimento das relações comerciais com a China e a queda acentuada nas vendas para os Estados Unidos. As mudanças têm impacto direto no Rio Grande do Sul, estado que concentra a maior parte da produção de tabaco processado do país.

A China manteve-se como o principal destino do tabaco brasileiro, com um aumento expressivo na receita gerada, apesar da redução no volume exportado. Entre janeiro e março deste ano, foram embarcadas 32,8 mil toneladas para o país asiático, o que rendeu US$ 319,5 milhões em exportações. Embora o volume tenha caído 12,7% em comparação ao mesmo período de 2024, o valor subiu quase 8%, reflexo de um salto no preço médio por quilo, que passou de US$ 7,87 para US$ 9,73.

Por outro lado, os Estados Unidos, tradicional comprador do produto brasileiro, reduziram significativamente suas aquisições. As compras caíram de 9,8 mil para 6,9 mil toneladas — retração superior a 30%. Mesmo assim, o valor exportado subiu ligeiramente, de US$ 44,2 milhões para US$ 45,5 milhões, com aumento no preço médio por quilo (de US$ 4,49 para US$ 6,58). A elevação de tarifas americanas e entraves regulatórios podem ter influenciado essa mudança, impactando especialmente o Rio Grande do Sul, onde o tabaco figura como um dos principais produtos exportados para o mercado norte-americano.

Outros mercados também apresentaram variações relevantes. A Indonésia praticamente dobrou seu volume de compras e avançou no ranking dos principais importadores. Países como Bélgica, Emirados Árabes Unidos e Turquia mantiveram posição de destaque, ainda que com oscilações nos valores movimentados. Já Alemanha e Coreia do Sul, que figuravam entre os dez maiores destinos em 2024, não aparecem entre os principais compradores no início de 2025.

O setor avalia que o desempenho das exportações ao longo do ano dependerá da evolução das políticas comerciais globais, do câmbio e da capacidade brasileira de diversificar mercados e agregar valor ao produto. O Vale do Rio Pardo, polo central da produção e processamento de tabaco, permanece como motor econômico dessa cadeia exportadora que, apesar dos desafios, segue firme na balança comercial do agronegócio gaúcho.

 

Fonte e foto: Olá Jornal

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